O mercado de trabalho está competitivo.
Atualmente, existem mais pessoas querendo migrar para a área de dados do que ofertas no mercado de trabalho.
Dada a dificuldade, muitas pessoas procuram por maneiras de se diferenciar através de uma qualificação melhor.
Acho isso louvável, estudar é sempre bom.
No entanto, penso que certas pessoas escolhem cursos pelo motivo errado e nunca pararam para pensar friamente na situação em que se encontram.
Fazer um MBA nem sempre é uma boa opção.
Fazer uma Pós nem sempre é uma boa opção.
Fazer um zero-to-hero em 45 dias CERTAMENTE não é uma opção.
As vezes você tem que dar um passo para trás para em seguida dar 2-3 para frente.
Não existem atalhos.
Mas existem lendas urbanas.
Na newsletter de hoje, vou dar a minha perspectiva sobre o assunto e vou quebrar alguns paradigmas que foram inventados e que são amplamente compartilhados sem nenhuma comprovação.
Graduação é preciso?
Para trabalhar na área de dados e tecnologia em geral você não precisa ter um diploma.
Mas a sua jornada vai ser bem mais difícil do que a das outras pessoas.
Além da desconfiança das empresas que ainda consideram a graduação como um filtro importante na hora de contratar, você vai ter que superar a sua própria insegurança.
Toda vez que algo der errado você vai botar a culpa na falta do diploma ao invés de analisar as suas próprias ações.
Isso é normal, isso é humano.
Então você vai ter que trabalhar em dobro.
E vai precisar de um emocional forte.
Além disso, a graduação ensina lições valiosas de como trabalhar em grupo, como se dedicar a um projeto, vai te ajudar a encontrar um estágio, etc.
“Mas Heitor, é preciso ter uma graduação em tech?”
Não.
No PAAD já temos diversos exemplos de pessoas que migraram pra dados sem ter um diploma em tecnologia.
Tem física, matemática, biologia, enfermagem, contabilidade, marketing, letras.
Enfim..se você puder, faça uma graduação.
Pós e MBA
É aqui que eu vejo muita gente cometendo o mesmo erro.
A pessoa acaba de se formar ou não tem quase nada de experiência e já quer ir direto para esse tipo de curso.
Um dos objetivos que mais escuto é:
“Eu vou fazer uma Pós ou MBA para enfim passar no filtro das plataformas de emprego”
Além desse objetivo ser totalmente maluco, sinceramente, isso é uma lenda urbana.
É claro que uma Pós ou MBA vai dar mais peso ao currículo, mas tu sabes o que faz um CV passar no filtro das plataformas?
Um CV bem feito.
Dito isso, o principal benefício da Pós/MBA não é o conteúdo que você vai aprender lá.
(quem já fez MBA pode confirmar, o conteúdo é facilmente encontrado na internet).
O principal benefício é o networking que você vai fazer.
É por isso que escolas como FGV cobram os olhos da cara.
Eles não dão aula de um conteúdo diferenciado que não vais encontrar em outro lugar, o conteúdo é o mesmo em que qualquer escola de negócio.
Mas eles tem um networking bem mais poderoso, com alunos/alumni em grandes empresas espalhadas pelo Brasil.
Agora pense, por que as pessoas sênior iriam se conectar com alguém que não tem uma rede de contatos já criada, não tem experiência de trabalho e que não vai agregar em nada na carreira dela?
Networking é uma troca.
Uma mão lava a outra.
Essa é a verdade.
Se você não tem nada a oferecer, no final do seu MBA/Pós você vai sair com o seu diploma.
E só.
E o diploma é o de menos.
E Mestrado e phD?
Aqui eu tenho uma visão diferente.
Acredito que se você tem a vocação e paciência para seguir a parte acadêmica antes de migrar pra dados, isso certamente lhe será útil.
Mestrado e phD ensinam coisas que um profissional de tecnologia usa no dia-a-dia, e além disso (pelo menos na minha bolha) eu vejo que as empresas respeitam esse tipo de profissional.
Mas tem que mostrar o feeling de negócios também.
Já trabalhei com profissionais que reclamavam sentir um certo preconceito das empresas.
Realmente, isso pode acontecer pois existem organizações que trabalham como os astecas e os incas.
No entanto, o que eu notei é que esses profissionais escrevem no seu CV exatamente da mesma forma que escrevem no Lattes.
Descrevem o que fizeram mas sem conectar com as atividades de um profissional de dados.
Incluem detalhes e mais detalhes que não interessam quem está do outro lado.
Isso que mata.
Recrutadores e gestores pensam que você tá “fora do mercado".
Nesse quesito, academia e mercado corporativo são totalmente diferentes.
Na academia aprendemos a enrolar bastante (sejamos sinceros) e nas empresas é justamente o contrário.
Procure mostrar que apesar de ter seguido a via acadêmica, você se manteve atualizado das APLICAÇÕES no negócio.
Estudo sem prática = Entretenimento
Você já deve ter cansado de ler isso, mas essa é a verdade.
Não adianta você fazer mil cursos na esperança que o diploma será o diferencial que vai fazer você ser chamado para entrevistas e conseguir uma vaga.
Eu te garanto que não vai.
O algoritmo das plataformas não vai simplesmente do NADA começar a te botar no topo do ranking.
Você tem que botar em prática o estudo.
“Mas Heitor, falar é fácil, o que tu fazes?”
Eu já pensei em fazer um outro MBA em uma universidade mais renomada aqui na França, tipo INSEAD e HEC Paris.
Mas aí eu pensei, e se eu me dedicar no mesmo nível estudando, compartilhando conhecimento e fazendo networking EU MESMO?
E foi aí que eu comecei a escrever no LinkedIn mais a sério.
Foi aí que eu comecei o PAAD (mais de 90+ PAADeiros)
Foi aí que eu fui convidado a participar do InTalks.
Foi aí que eu comecei a monetizar no Linkedin.
Foi aí que eu conheci uma galera fera na área de dados.
Então, eu VIVO O QUE EU TO FALANDO.
Eu poderia ter escolhido fazer um outro MBA, mas eu decidi seguir a via que todos sabem ser a melhor, mas poucos a escolhem por ser a mais difícil.
Então, para terminar essa newsletter, eu tenho quase certeza que você sabe o que precisa ser feito.
Talvez você precise desse empurrãozinho.
Heitor “Do it Yourself” Sasaki.
Se você quer ajuda nesta jornada para dados
As vagas do PAAD estão oficialmente abertas.
12 vagas para Abril
Vem ser um Paadeiro.
Não posso prometer vaga em 3 meses pois quem faz isso é picareta.
Mas prometo acelerar bastante esse processo e estar contigo todo dia até que atinja teu objetivo.
Interessado?
Me manda mensagem AQUI que conversamos.
Se quiser ler mais sobre o PAAD, leia AQUI.
Interessantíssimo. Sou da área do Direito, e sigo seu conteúdo e de outros colegas para entrar em contato com outros segmentos e ficar de olho no mercado. Fazendo um paralelo com a minha área, mas um pouco desconectado do assunto principal, o mestrado é bem valorizado na área jurídica. Todo escritório quer um mestre, mas nem todo escritório também quer dar a flexibilidade ou o incentivo para formar um. Um impasse 🤷🏽♂️
Muito boa a news Heitor.
Eu levei três anos entre formação e decisão de fazer o MBA. Esse período foi essencial para aprender novas coisas, testar e errar outras além de muitas reflexões. É o melho que qualquer pessoa pode fazer após sair da faculdade, dar um tempo e sentir o clima do estádio no jogo fora de casa.