Essa newsletter é patrocinada por mim mesmo.
Estou voltando pro Brasil em breve e o Data Creators vai retornar com tudo (se tudo der certo).
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Se tu lês as minhas cartas já deve saber que falo bastante sobre input e output. Causa e consequência.
Realmente acredito nisto, não somente na vida profissional, como também na vida pessoal.
Se tu parares para pensar, isso está presente em tudo na nossa vida.
Queres pegar o shape? Tem que treinar e fazer dieta (input)
Queres ficar bom em entrevistas? Tem que praticar várias vezes. (input)
E por aí vai..
Existem poucas verdades absolutas na vida e essa certamente é uma delas (exceto se fores herdeiro).
Na área da gestão não é diferente.
Acredito piamente que o trabalho de um gestor também está conectado com os input e output, só que de uma maneira diferente.
Não é o gestor que está de “fato” adicionando valor ao processo.
Vamos discutir mais sobre isso.
Ser chefe não é fácil
Fazer a transição para chefia não é tarefa simples, pelo menos pra mim não foi.
Quando estamos no “campo de batalha” resolvendo os problemas é a gente que põe a mão na massa. Sabemos exatamente o que deve ser feito.
O mapeamento do valor juntamente com a tarefa a ser feita é claro e direto.
Já quando somos gestores isso não fica bem evidente, existe a linha tênue entre delegar e se ausentar.
E é por isso que ainda existe uma certa discriminação com os gestores.
Se tu olhares para a minha agenda semanal, talvez penses que eu só faço coisa “inúteis”:
Checar o backlog e ver se o time precisa de ajuda em algo;
Coordernar as atividades e ver quem deve fazer o que;
Reunião de Alinhamento com o Negócio;
Reunião de Alinhamento com o Suporte;
Ajudar o dev a debugar um problema
Preparar apresentações para os big bosses;
Alguém mais JR pode olhar e pensar que eu não faço nada que presta, mas no fundo eu sei que vale a pena.
Mas não foi bem assim desde o começo. No início ainda me sentia meio culpado de não estar adicionando valor “de fato” e tenho certeza que isso deve ocorrer também contigo se acabaste de virar gestor.
Isto ocorre porque ninguém nos ensina qual é o verdadeiro trabalho de um gestor, tudo fica no fantasioso mundo de Bobby (Charlton) que é criado pelos Top Voices.
Eu prefiro ser pragmático e por isso o conceito de input e output mudou a minha perspectiva sobre o assunto.
E a melhor parte, dá pra conectar com a área de dados para que o entendimento seja ainda apurado.
Insights, Alavancas e Inputs
Lembra quando eu escrevi em uma carta passada que um insight não é nada mais que um alavanca de negócios e que uma alavanca de negócios não é nada mais que um input?
É a mesma coisa aqui.
Um analista procura as alavancas para aumentar a receita, o market share, diminuir o churn.
Um gestor procura alavancas para maximizar o trabalho da equipe.
Veja que a essência do trabalho é a mesma. Não é porque um gestor deixou ser analista que ele deixa de fazer as tarefas do cargo.
Um gestor deve ser um analista na sua alma.
Até mesmo na parte de fazer várias perguntas, o ciclo se repete.
Basicamente, as perguntas que eu procuro fazer sempre:
“O que tá atrapalhando a equipe a fazer o que deve ser feito?”
“O que eu devo fazer para que essa interrupção acabe?”
“Como que eu vou saber se deu resultado ou não o que eu fiz?”
Perceba que essas perguntas se parecem muito com a pergunta que um analista iria fazer na hora de melhorar um processo.
Tudo está conectado.
Até os processos do Kaizen podem ser copiados, mas como uma abordagem diferente, é claro.
Assim como na área de dados, o maior problema é definir este output corretamente e medi-lo.
Como eu já disse várias vezes, nós já temos o conhecimento, falta a perspectiva.
Ao invés de tentar inventar algo novo, olhe para o que tu já fizestes. Existem grandes chances da resposta estar lá.
Esse foi o maior aprendizado que eu tive e espero que te ajude na sua jornada também.
Heitor “O Pragmático” Sasaki.
Ensinamentos vieram deste livro: